É bom demais um “Delírio de Amor”
A
principal atração do último domingo no Hipódromo da Gávea foi a Prova Especial
Courageuse, em 2.000 metros, grama. No campo de nove competidoras, muito
equilíbrio, sem um nome de grande destaque. A chuva começou a cair logo após o
primeiro páreo e a pista verde ficou literalmente pesada. Após a partida,
revezamento na liderança entre Confidential Lady, Victoria Beach, Duplo Dê e
Glorfindel. Na entrada da reta, Confidential Lady tentou manter a primeira
colocação mas após insistente ataque, Duplo Dê dominou a prova. No entanto,
quando a defensora do Haras São José da Serra parecia a vencedora surgiu com
forte atropelada, cheia de lama, Delírio de Amor, do Stud Capitão. Passou sem
luta e venceu uma linda carreira. Direção precisa de Valdinei Gil, um dos jóqueis
com melhor cálculo de carreira do nosso turfe. Preparo caprichado de Cláudio
Paixoto Almeida, meu amigo “Magrão”. A ganhadora, por Eyjur e Janadine, criada
pelo Stud Eternamente Rio, obteve a quarta vitória em nove apresentações.
Parabéns ao amigo Luiz Edmundo Cardoso Barbosa.
Umbu “azedou”
os favoritos

Tradicionalmente
do nordeste, Umbu é uma fruta muito apreciada, embora o gosto um pouco azedo.
Bom, como isto aqui não é uma coluna de culinária, vamos falar sobre a Prova Especial
Antonym, terceira etapa da Taça Quati, em 3.000 metros, grama, destaque da
corrida do último sábado no Hipódromo da Gávea. Os favoritos eram Olympic
Leader e Decrire, ambientados no percurso longo. E os dois competidores se
revezaram na liderança desde a largada. Corrido na última colocação por Edson
Ferreira Filho, Umbu apenas assistia de longe a “briga” na frente. Na entrada
da reta Decrire “sentiu” e seu piloto o foi sofreando. Quando Olympic Leader
parecia com o páreo dominado, logo surgiu Umbu, numa atropelada incerta,
abrindo inicialmente e depois se jogando para dentro. Dominou a prova sem luta
e venceu com autoridade. O ganhador, que pertence ao Stud Acqua Azul, foi
apresentado pelo mestre Dulcino Guignoni, que aliás fez a trifeta do páreo, uma
vez que Tank Boy foi o terceiro colocado.
São Paulo
realiza sua maior festa
O
Jockey Club de São Paulo realiza sua maior festa esta semana, culminando com a
disputa do GP São Paulo, prova de Grupo I, em 2.400 metros, marcado para a
tarde de domingo. Três programações espetaculares, formadas por 34 provas serão
realizadas no fim de semana. A atração principal tem campo numeroso e, talvez,
o mais equilibrado dos últimos anos. Difícil apontar um favorito entre alguns
dos melhores corredores da Gávea e de Cidade Jardim. Nas outras carreiras de
Grupo I, com exceção do quilômetro, onde Berlino Di Tiger é um nome de
destaque, também o equilíbrio é marcante. O matungo aqui deseja sucesso
absoluto à diretoria do Jockey Club de São Paulo na realização de sua semana
máxima e aos amigos da TV Jockey, um excelente trabalho. Não fossem as obrigações
profissionais, certamente estaria em São Paulo para assistir de perto a grande
festa. Mas estarei torcendo e ligado pela televisão.
Frases
que merecem ser lidas
Neste
espaço matungo-cultural, mais uma frase que merece destaque:
“O despertador
é um acidente de tráfego no sono." (Mário Quintana)
Rapidinhas
*
Vai pegar fogo a estatística de jóqueis nestes 45 dias que restam para o fim da
temporada hípica. No último conjunto de programas Dalto Duarte venceu 11 páreos
e Vagner Borges 9, sendo seis no domingo. O placar atual é de 222 a 213 em
favor do líder. Portanto, diferença de nove vitórias.
*
A delegação carioca para a maior festa do turfe bandeirante é bem grande.
Treinadores, jóqueis e proprietários querendo fazer a festa. Provas sensacionais
que vão empolgar o público, com certeza.
*
Leilões continuam bombando, mostrando que o turfe é forte sim senhor. Hoje na
Gávea e no resto da semana em São Paulo. Haja grana e disposição para analisar
catálogos. Tem pra todos os gostos e bolsos.
*
Se é que existe “casamento perfeito” no turfe é o que podemos chamar o que vem
acontecendo com o cavalo El Malo e o aprendiz Juan Gomes. Conhecido “carroção”,
com o garoto o defensor do Stud das Meninas já corre entre os primeiros e
ganhou duas seguidas, para a alegria da treinadora Cristina Resende.
*
Por falar em aprendiz, já está voltando o Anderson Paiva, que teve o inicio
meteórico interrompido por uma suspensão em razão de falta de peso. Será mais
um reforço para treinadores e proprietários.
*
Ricardinho muito perto de voltar ao topo do ranking mundial. É uma questão de
semanas. Depois que assumir o primeiro lugar vai ser difícil para o canadense
retomar a liderança.
* O tal de Funk American trabalha bem e não confirma. Está
inscrito no domingo, vai de Lasix pela primeira vez e caso resolva correr o que
treina, pode surpreender. Correu cinco vezes e se colocou, mas não anima.
*
Como escrevi semana passada, Fluminense e Santos foram campeões.
O
MATUNGÃO VIBROU
Já
tinha passado pela mesma situação com a Japyhara, mas confesso que é duro
narrar a vitória de um cavalo da gente sem poder torcer. O profissionalismo
fala mais alto, mas repito, é muito complicado. E aconteceu na última sexta-feira,
quando Tanios dominou o páreo perto do disco, livrando pequena vantagem. Quem
me conhece sabe que quando vence um cavalo meu faço muito barulho e a emoção é
maior que a racionalidade. Mas, quis o destino que eu tivesse que passar por
isso novamente e vou acabar acostumando. A emoção de passar na frente é algo
que não tem explicação. Ganhei o páreo para 5 anos sem vitória, mas pra mim foi
Grupo I. Sou pequeno proprietário e tenho cavalos desde 1974. É o que posso ter
e pra mim está bom demais. Quero agradecer ao Dalto Duarte pela belíssima
direção e a toda equipe: Junior Pedersen, o cavalariço Fabiano, ao veterano
Dodô, a veterinária Daniela Bartoli e ao Tanios por mais esta alegria. Vibrei
muito e estou curtindo demais.
O
MATUNGÃO VIBROU (II)
E a vibração continuou na semana com o batismo de
vitória do stud de um amigo. Sei que gosta de cavalos e sempre torceu e vibrou
pela coudelaria de seu pai, outro grande amigo e tradicional proprietário há
muitos anos. Estou me referindo a primeira vitória do Stud Better, na
segunda-feira, através do cavalo Blue Phone, em mais uma direção perfeita de
Dalto Duarte. A alegria ficou por conta de Bruno Beloch, que adquiriu recentemente
o corredor e o manteve aos cuidados de outro amigo, o treinador José Ferreira
dos Reis, o “Reisinho”, que há muito brilha na profissão e não é somente
lembrado por ter sido o “jóquei do Itajara”. Na foto da vitória, Bruno, seu irmão
Marcelo (Tela) e amigos. Faltou Carlinhos, que de casa deve ter vibrado muito e
Priscila, que de longe torceu pela internet. Valeu Bruno...Chega!
As fotos que constam do blog são de autoria de Gerson Martins, Davi Oliveira e colhidas na internet.