Do "papatudo" Francisco Leandro
"Se o Leandro montar uma tartaruga ele ganha". A frase foi dita pelo excelente locutor Roberto Casella após o jóquei Francisco Leandro vencer um páreo em Cidade Jardim. Atravessando a melhor fase de sua carreira, o piloto foi tríplice coroado este ano, vencendo as duas primeiras provas com Kará de Birigui e o Derby com Veraneio. E Leandro não veio ao Rio para passear mas sim para dar excelente direção em Uno Amore Mio e levar o GP Almirante Marquês de Tamandaré, do Grupo II, em 2.400 metros, grama macia, atração do último domingo, na Gávea. Econash, mostrando enorme evolução e valentia, formou a dupla, deixando Tônemaí, que não teve bom percurso, em terceiro. Godsmustbecrazy brigou muito e foi o quarto, com Spitfire em quinto. O ganhador foi apresentado em forma soberba por Antônio Luiz Cintra, o "Tolú".
Irmã de Fluke mostra que também é de corrida
O destaque da corrida de sábado foi o Clássico Armando Rodrigues Carneiro, em 1.600 metros, grama, para éguas de 3 anos e mais idade. Mostrando categoria, I Scream foi a vencedora inconteste da prova. A irmã de Fluke atropelou forte e dominou a favorita Pró Memória, que reapareceu correndo muito. Excelente apresentação de Felicce Bambina, que mesmo prejudicada na fase decisiva, finalizou em ótimo terceiro lugar. Com certeza, as três primeiras voltarão a se enfrentar na primeira prova da Tríplice Coroa. Das mais velhas, Céu de Fogo, tinindo, foi a quarta colocada. Vitela, que ponteou boa parte, foi a quinta. A ganhadora, de criação e propriedade do Haras Doce Vale, foi apresentada pelo campeão Venâncio Nahid e obteve a terceira vitória (primeira clássica) em cinco apresentações. I Scream marcou o tempo de 96s13.
Favoritos vingam na estréia da nova geração
Ainda na corrida do último sábado, na Gávea, tivemos a estréia da nova geração, com a disputa de duas provas especiais, ambas em 1.000 metros, grama. Na prova em homenagem a Licínio Salgado levou a melhor a potranca Vai Vai, com Bruno Reis, para a alegria de Armandinho Carneiro. Foi favorita e venceu com autoridade. Já na carreira que homenageou Atualpa Soares, o potro Tap Is Back, passeou na raia, com direção tranquila de Marcelo Cardoso. Impressionou este defensor do Stud Alvarenga. Potro calmo, sereno, após o páreo nem parecia ter corrido. A potranca foi apresentada por Leonardo José dos Reis e o potro por Dulcino Guignoni. Os tempos assinalados foram parecidos e o de Tap Is Back, apenas 34 centésimos melhor.
Frases que merecem ser lidas
Neste espaço matungo-cultural, mais uma frase que merece destaque:
"Quatro entre cinco frases atriuídas a mim, na internet, não fui eu que escrevi" (Luís Fernando Veríssimo)
Rapidinhas
Com o passar do tempo a gente acaba criando uma certa blindagem contra idiotices. O que vale mesmo é a consciência de estar sempre aprendendo e tendo a certeza de realizar o trabalho da melhor maneira possível. Quem se garante no que faz não tem medo de concorrência.
Embarcando hoje para Buenos Aires o parceiro Celson Afonso, que vai cobrir o Pellegrini. Sábado e domingo estarei apresentando o Turfe Espetacular ao lado de André Cunha e com a participação especial de Fernando Lopes.
Marcelle Martins venceu nove páreos no último conjunto de corridas e continua em fase espetacular. A ressaltar o trabalho do Leandro Mancuso, escolhendo boas montarias.
Esta semana voltam as corridas no Tarumã. Na próxima sexta-feira serão disputados 10 páreos, com início às 16h45.
A Feira Hype voltou ao Jockey, levando muita gente ao Hipódromo da Gávea. Em alguns páreos na distância de 2.400 metros, foi impressionante o número de pessoas junto à cerca, assistindo a largada. Tomara que alguns voltem e se encantem com a beleza do turfe.
Carlos Henrique manda notícias e fotos da Índia, onde vai passar algum tempo. Comentou que comeu um pastel de carne muito bom. Como por lá o boi é sagrado, a curiosidade fica por conta da origem da carne. Façam suas apostas.
No próximo dia 20 ainda escreverei a coluna, a última de 2011. Nas duas semanas seguintes, apenas mensagens de Natal e Ano Novo. Afinal, até matungo tem direito a descansar um pouco. Mas vamos em frente...
O MATUNGÃO VIBROU
Como não sou apenas teórico e já estive lá dentro, afinal fui treinador por muito tempo, sei da dificuldade de alguns profissionais. Os jóqueis e treinadores de ponta têm grandes oportunidades, mas os menos favorecidos, lutam no dia-a-dia em busca de uma vitória e quando isso acontece, é motivo de grande alegria e satisfação. Gabriel Souza é jóquei, depois decidiu mudar para treinador e depois voltou a optar por estar em cima dos bichos novamente. É um batalhador e no último domingo venceu o último páreo com Storm Rush, de ponta a ponta. Pode significar pouco para quem está acostumado a vencer toda hora, mas é muito para quem luta com dificuldade. Vibrei com isso.
O MATUNGÃO RECORDA
Há exatos 30 anos, no dia 13 de dezembro de 1981, o Flamengo conquistou o título de campeão mundial em cima do Liverpool, em Tóquio. Não há como esquecer essa conquista histórica e lembro como se fosse hoje, da situação inusitada que passei. Há época, treinava no Hipódromo de São Vicente e decidi, para poder ficar mais perto dos cavalos, morar no escritório da cocheira. Quase um estranho no ninho, pois todo mundo lá torcia para o Santos, vivia zoando o povo, pois naquele ano o Flamengo ganhou tudo. Enfim, vamos para a noite da conquista. A partida, no horário de Brasília, começou a meia noite ou mais tarde, não lembro direito e eu, solitário na cocheira, diante da minha possante TV preto e branco de 14 polegadas. Primeiro tempo já 3 a 0 e eu berrava mais que criança com fome. Veio gente das outras cocheiras para saber o que estava acontecendo e eu, vestido com o manto e com um copo de cerveja na mão, gritava sem parar: É campeão...É campeão...Os cavalos é que não entenderam nada...Chega!
As fotos que constam do blog são de autoria de Gerson Martins, Davi Oliveira e colhidas na internet.
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