Um passeio de Duplo Dê
A
principal atração da corrida do último domingo no Hipódromo da Gávea foi o
Clássico Riboletta, em 2.000 metros, grama encharcada, para éguas de 3 anos e
mais idade. Mostrando velocidade e resistência, Duplo Dê venceu de ponta a
ponta, sem dar chance às adversarias. Contou com direção tranquila de Henderson
Fernandes, que teve uma semana mágica, com inúmeras vitórias, mostrando que não
deixou de ser um jóquei de excelente nível técnico. Muito boa a corrida de Natalinda,
que passou de uma égua de páreos de claiming (no início da campanha), para frequentar
com assiduidade (isso é bonito) a esfera clássica. A favorita La Defense ficou devendo
e foi apenas a quarta, enquanto Delírio de Amor, que vencera recentemente em
pista semelhante, também correu menos, finalizando em quarto lugar. A
ganhadora, de criação e propriedade do modelar Haras São José da Serra, foi
apresentada pelo campeão Dulcino Guignoni.
No
sambódromo da Gávea, Salgueiro desfilou como campeão
O
destaque da programação do último sábado no turfe carioca foi a Prova Especial Helíaco,
em 1.900 metros, areia encharcada, para corredores de 3 anos e mais idade. Apresentando grande evolução e contando com direção precisa do bom jóquei Valdinei
Gil, Salgueiro venceu com autoridade, dominando a prova nos 200 metros finais e
livrando boa vantagem. Super Purse foi o segundo colocado, deixando o favorito
Vientos Del Sur apenas na terceira colocação. Adquirido no leilão de liquidação
do Stud Palurape, Salgueiro é um ótimo corredor de areia e, futuramente, poderá participar com grandes possibilidades das principais provas no sul do país, os GPs
Paraná e Bento Gonçalves. Assim como na carreira principal de sábado, a
apresentação do ganhador teve a chancela do maior colecionador de troféus do
turfe nacional, o craque Dulcino Guignoni.
Frases
que merecem ser lidas
Neste
espaço matungo-cultural, mais uma frase que merece destaque:
“Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e
aqueles que sabem muito falam pouco." (Jean Jacques Rousseau)
Rapidinhas
*
Semana muito boa para o Haras Anderson, com inúmeras vitórias, principalmente
com produtos da nova geração. Trabalho perfeito da equipe comandada por Adélcio
Menegolo, um treinador de mão cheia.
*
Muita tristeza na segunda-feira com a notícia do falecimento do “Xucro”,
funcionário do Jockey e muito querido por todos. Atualmente, trabalhava na
repesagem e tinha a função de encilhar os ganhadores para a foto da vitória. Na
corrida noturna, todos os jóqueis montaram com uma tarja preta nas fardas.
*
Não veremos mais a craque Old Tune por aqui. Os responsáveis pela tríplice
coroada informam que em breve a filha de Wild Event será levada para o exterior, provavelmente para os Estados Unidos. Uma campeã, sem dúvida.
*
Um novo stud deve estar nascendo em futuro próximo. Só posso revelar que o titular é
um jovem, filho de grande criador e proprietário, apaixonado por cavalos. Vamos
aguardar, uma vez que esta renovação é fundamental para o futuro do turfe.
*
É muito bom aprendiz o Luan da Silva Machado. Corre bem tanto na frente quanto
vindo de trás. Bom largador, tem vencido com frequência e merece ainda mais
oportunidades. Aliás, a safra de aprendizes é muito boa, num excelente trabalho feito por Paulo Mileno e José Machado. A cada ano surgem novos valores.
*
Tenho acompanhado a Eurocopa e muitos empates aconteceram. Até agora não vi nada
que me agradasse de verdade. Acho que Brasil e Argentina estão alguns níveis
acima destas seleções do Velho Mundo.
O
MATUNGÃO VIBROU
Vibrei
muito com uma decisão tomada pela nova Comissão de Corridas do Jockey Club
Brasileiro. Explico reprisando um comentário que fiz no blog em julho de 2008.
Lá vai: “Não acho muito
justo o procedimento nas compras dos páreos de claiming, na Gávea. Essa história
do “a mais” é meio complicada. Acho que deveria ser como em São Paulo, que
realiza um sorteio quando existem duas ou mais propostas para o mesmo animal.
Digo isso, pois acho que o processo carioca privilegia quem tem mais bala na
agulha. No sorteio, como a palavra diz, a coisa se resolve na sorte. É apenas a
minha opinião, não sei se está certa ou errada.”
O
MATUNGÃO E A RENOVAÇÃO
A renovação se faz necessária em todos os setores
da vida e, certamente, precisamos de mais jovens atuantes no turfe carioca.
Certa vez, o saudoso Chico Anysio me ligou dizendo que tinha ido ao Jockey e
que lá o mais novo era ele. Em São Paulo vemos muito mais jovens participando
ativamente do esporte e posso citar Kelvin Turrin, Marcos Facella, Guilherme
Genzini e Ivan Jerônimo, estes, pois os conheço. Existem muitos outros. Hoje as
opções de lazer para os mais novos são inúmeras e se não for despertado neles o
interesse para o nosso lado, o turfe corre sério risco. Criar atrativos para
que a juventude venha a descobrir o fascinante mundo dos cavalos de corrida e
das corridas de cavalo é item fundamental para a sobrevivência deste esporte
tão empolgante...Chega!
As fotos que constam do blog são de autoria de Gerson Martins, Davi Oliveira e colhidas na internet.
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