quarta-feira, 11 de março de 2009

Potro tipo exportação...

Tem nome: Seu Nicão

Lá vem este matungo se expor para ser chamado de saudosista. Mas como é bom ver um cavalo excepcional entrar na raia e proporcionar um espetáculo de primeiro nível. Não chego a ser contemporâneo do Barão de Itararé, mas nestas quase quatro décadas acompanhando as corridas, vi muitos craques se apresentarem nas pistas do Hipódromo da Gávea. Lembro, como se fosse hoje, que após assistir a primeira corrida de Itajara, cheguei na redação do JB (trabalhava lá, na época) e disse: “Hoje vi um craque estrear”. Pois bem, fiquei extasiado após a corrida do potro Seu Nicão, no último sábado. Um galope de saúde, com o Tiago impressionado com a facilidade com que seu conduzido floreava na frente, a puro galope e distanciando os adversários. Fico ainda mais feliz pelo fato deste verdadeiro craque pertencer ao André Mion e sua família, defendendo a farde de seu pai. Tomara que o filho de Notation permaneça mais um tempo por estas bandas, nos brindando com sua enorme categoria. Ao criador, Haras das Estrelas, os parabéns por fabricar esta máquina.

Entre as potrancas, uma liderança invicta.

Mesmo sem vencer como Seu Nicão, a prova clássica das potrancas serviu para mostrar que a liderança da ala feminina tem dona. True Classic obteve a terceira vitória, em igual número de apresentações, mas deixou claro que nos próximos compromissos terá uma adversária forte, na companheira de farda, Desejada Normand. Mas, garantiu a liderança invicta. Vamos aguardar a volta da pista de grama e ver se as coisas não mudam. De parabéns o Stud Alvarenga, assim como o treinador Julio Cezar Sampaio, o “Alemão”, que tão bem apresentou a vencedora. Mazini, de novo em grande forma, só faz tirar na frente, praticamente garantindo o bicampeonato na estatística de pilotos no turfe carioca.

Na tática de corrida, a garantia da vitória.

Toda a cátedra, ao analisar a primeira edição do Clássico Barão e Baronesa Von Leithner (justíssima homenagem), tratou de apontar Ptgualicho como grande favorito. Blue Elf, um especialista na pista de areia, era o adversário natural. Mas o que se viu em pista foi completamente diferente. Numa decisão obviamente tomada antes da prova, os responsáveis pelo cavalo Balfour imaginaram dar um susto nos adversários. Mazini assumiu a liderança e tirou, literalmente, uma verdadeira avenida na frente dos rivais. A vantagem foi tanta, que deu para aparar, de longe, o arremate de Blue Elf. Sem a “briga” na frente, Ptgualicho teve que se contentar com a quarta posição. Hydrus, em evolução, foi ótimo terceiro. Parabéns aos titulares do Stud Cheseapeak, também criadores de Balfour e ao treinador Fabrício Borges.

Uma emoção tremenda, pela primeira vez.

Na última segunda-feira vivi uma emoção que, em meus 36 anos de carreira, jamais experimentara. Ao longo do tempo, por força do ofício, fui obrigado a narrar dois ou três páreos em que cavalos meus corriam. Nestas oportunidades, foram apenas colocações, sem nunca darem impressão de vitória. Na última noturna da Gávea corria Japyhara e eu tinha certeza absoluta de que poderia ganhar. Pois bem, ela realmente venceu, com forte atropelada, para minha alegria. O profissional falou mais alto e fui frio durante toda a narração. Quem me conhece, quase não acreditou, mas ao desligar o microfone, extravasei como sempre faço. No momento, é o único animal de corrida que tenho, mas vale por 10, pois só me dá felicidades e obteve a terceira vitória com a minha farda.

Frases que merecem ser lidas.

Continuando em nosso espaço matungo-cultural, vamos a mais uma frase que merece destaque:

“É no chiqueiro que os porcos fazem a festa...” (Matungão)

Rapidinhas

Alex Rosa voltou a trabalhar cavalos na Gávea e pretende, em pouco tempo voltar a montar no turfe carioca. Jóquei que não teve muitas oportunidades venceu suas carreiras e se afastou em razão de acidente de pista. Relaxou o peso, mas está disposto a retomar à profissão. Todo sucesso ao Alex é o que deseja o matungo.

Quem vai tentar matrícula na Gávea é Elemar Peixoto, de 23 anos, irmão do jóquei Jean Pierre. Montou como aprendiz em São Paulo e deixou a profissão quando ainda era de primeira categoria. Boa sorte ao gaúcho de Carazinho.

Aniversariou no último sábado e “fofa” Biazinha, que é o xodó de todos os turfistas. Filha de Bruno Reis e Bárbara Lima, Bia completou seis anos. Toda a felicidade do mundo pra ela.

Outro aniversariante da semana passada (quinta-feira) foi o comentarista Natan Pacanovsky, da Rádio Livre. Bom profissional, bom caráter e um amigo querido, desejo muita saúde para o tricolor.

A crítica generalizada é descartável, pois ataca toda uma classe, sem exceção. E o pior é quando o crítico não tem conhecimento, sequer, do próprio idioma. Coisa de quem não tem o que fazer.

Excelente o trabalho que vem realizado o treinador Givanildo Duarte frente aos corredores do Stud Estrela Energia. Parabéns a equipe, que também conta com o veterinário Flávio Carneiro.

Na vitória de Sphere, do Stud West Point, na abertura da corrida de domingo, méritos para o treinador Cláudio Peixoto de Almeida, que recuperou a corredora, inicialmente adquirida para a reprodução.

Grande festa em Pelotas no fim de semana com a realização do GP Princesa do Sul, tradicional carreira do interior gaúcho. A todo o povo local os votos de sucesso absoluto no grande evento.

O MATUNGÃO VIBROU

Uma conquista importante de um corredor brasileiro no exterior deve ser comemorada sempre. Alguns de nossos melhores craques tiveram conquistas memoráveis, casos de Sandpit, Siphon, Riboletta e Pico Central, entre outros. Todos iniciados em nosso país e depois levados para os Estados Unidos. No último fim de semana, o excepcional Einsten, que só conhecemos via Internet, uma vez que foi exportado após o leilão, levou o Santa Anita Handicap, numa brilhante direção do fenômeno Julien Leparoux. Vitória de Fazenda Mondesir e de todos os brasileiros.

MATUNGÃO NA BRONCA

O GP Latino é, sem dúvida, a prova mais importante do continente, mas, de uns anos para cá vem perdendo o brilho, apesar da altíssima dotação. Na época em que é disputado muitos dos melhores corredores, já foram negociados e os campos deixam muito a desejar. Este ano, marcado para o Hipódromo de Cidade Jardim, reunirá 12 competidores. Muitas deserções entre os argentinos, que terão apenas um representante e ausência de uruguaios. Para enfrentar Life of Victory serão seis brasileiros, quatro chilenos e um peruano. Que vençamos nós...Chega!

As fotos que constam do blog são de autoria de Gerson Martins e colhidas na Internet.

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