Para não ser repetitivo mas sendo, venho batendo na mesma tecla há algumas semanas. O páreo com campo menor e seletivo, tinha tudo para transformar o GP Brasil num páreo espetacular. Longe de ser o don
o da verdade, acertei em cheio. O equilíbrio era a marca da prova e repeti, incusive na TV, que era difícil apontar um grande favorito e ao mesmo tempom afirmar que algum dos 12 não tinha chance. Na história do GP Brasil, grandes craques premiaram jóqueis e treinadores já consagrados, assim como mega coudelarias. Este ano, Moryba, que desde potro mostrou que era de corrida, fez brilhar a farda do Stud Correas, de Luís Felipe Indio da Costa, um 
apaixonado pelo turfe, a quem não conheço, mas só ouço sobre sua fidalguia. E deu a primeira vitória a este fantástico Dalto Duarte, a quem admiro pela enorme vontade de vencer, assim como ao jovem Beto Solanés, de tradicional família turfista. Gilberto foi às lágrimas e lá de cima, "seu" Eurico deve ter sentido muito orgilho. Vitória justíssima, irretocável. Ao amigo Flávio Carneiro, também parabéns por mais esta conquista em sua brilhante carreira como veterinário. Sinceramente, eu gostei muito do resultado. Isso é que faz do turfe uma paixão.Máquina máxima, último grau (I)
O GP Presidente da República sempre foi o "aperitivo de luxo" para o GP Brasil e não foi diferente este ano. O grande favorito era Too Friendly, do Haras Santa Maria de Araras. Pela manhã, foi anunciado que correria desferrado e na mesma hora imaginei que a decisão de Bebeto tinha fundamento. Revi o amigo de longa
data e excepcional profissional que é e sempre foi, analisou a raia, caminhou sobre ela pela manhã e decidiu por desferrar o filho de Signal Tap. E o cavalo mostrou a categoria habitual, dando um vareio nos adversários e arranhando o recorde da milha. Como diria o amigo Fernando Lopes, é uma máquina máxima, último grau. Agora, alguém poderia me explicar os rateios das duplas no páreo. Pules altíssimas e o segundo colocado foi o ganhador da preparatória. Tá todo mundo ficando louco....Ixi!Máquina máxima, último grau (II)
Apesar de estar com a garganta em estado de emergência, narrei todos os páreos de sábado e fiquei mais uma vez impressionado com a vitória deste fenômeno chamado Desejado Thunder. Ainda mais incrível que a ca
tegoria do defensor do Stud Alvarenga foi a calma e a tranquilidade do menino Edson Ferreira Filho. O garoto é gelado e no meio da reta vinha apenas acompanhando o galão, com Um Foguete dando carga máxima, bem perto. Depois conversei com meu amigo Edson Ferreira (pai), bicampeão do GP Brasil e ouvi dele que o rapaz é muito calmo mesmo. Este é um dos exemplos para o ditado que diz "Filho de peixe...peixinho é". Parabéns ao Álvaro, a sempre apaixonada pelos cavalos Duda e ao meu amigo Alemão. Mas teve mais.Sempre marco e ela ganha
Quando foi disputado o GP Diana, todo mundo marcou a Dolly Max. Que ela corre muito, não há como contestar. Mas o matungo aqui, que por obrigação (nunca foi meu forte) precisa indicar para o Globo, foi lá
e tacou uma estrelinha em Inchatillon. Não deu outra. No programa Turfe Espeacular Especial, na quarta-feira da semana passada, expliquei que a admiração por esta égua era enorme e com um train de carreira favorável ela ia levar o "Brasil das Éguas". E ao narrar a prova e perceber que sua atropelada seria vencedora, tive vontade de torcer junto. Como diz meu querido amigo Jair Balla..."Como corre essa criança". E pra não cometer injustiça, parabéns triplo para minha querida amiga e excepcional veterinária Cristina Vieira.Frases que merecem ser lidas
Neste espaço matungo-cultural, mais uma frase que merece destaque:
"O segredo do sucesso é a constância do propósito". (Benjamin Disraeli)
Rapidinhas
Umas das coisas boas da semana do GP Brasil é a gente poder rever amigos de outros estados e conhecer pessoas que curtem, de longe, o nosso trabalho. É muito gratificante.
O trabalho para o jornal e a TV foi incessante, mas valeu a pena. O reconhecimento das pessoas é o maior prêmio que a gente pode receber. Perto dos 38 anos de profissão, ainda tenho muito tesão pelo que faço. Afinal, só no Globo são 31 anos e meio.
Cobertura da TV Turfe durante toda a semana foi muito bem feita. Sem o esforço de toda equipe comandada pelo Bira, a gente que fica à frente das câmeras e dos microfones, não t
eria condição de fazer nada.Recebi (nem acreditava mais) do meu amigo e grande treinador Beto Feltran, a camisa do Furacão. As cores rubro-negras realmente são admiráveis, seja em que estado for. Valeu Beto. Sempre bom lembrar que Too Friendly começou com ele, lá no Tarumã.
Susto da semana foi na última quarta-feira, quando assaltaram o amigo e parceiro Anndré Cunha. Graças a Deus nada aconteceu com o pai do Dieguinho. Apenas o momento de tensão e o carro que foi levado. Isso o seguro devolve.
O MATUNGÃO VIBROU
É evidente que os tempos mudaram, hoje existem milhões de opções de lazer para as pessoas e nunca mais o GP Brasil vai lotar todas as tribunas. De todo modo é bom ver o Hipódromo da Gávea receber um bom público, gente jovem perguntando sobre isso e aquilo, quem vai ganhar, como é que se joga e outras coisas mais. É hora de recomeçar. Tenho certeza que algumas daquelas pessoas que estiveram na Gávea, domingo, voltarão. E trarão outras e é esse o trabalho a ser feito. Vamos resgatar a emoção pelas corridas. A plasticidade das imagens na pista e a paixão por este esporte tão contagiante.
O MATUNGÃO COM FOME
Mas por falar em dia de GP Brasil a gente pode ver de tudo e algumas cenas são engraçadíssimas. Sem dúvida, estiveram presentes mulheres que capricharam no visual e estavam mega elegantes. Os homens de terno são todos iguais. Vi mulheres chiques e vestidas com extremo bom gosto. Mas também vi coisas bizarras. Como não havia almoçado pois cheguei no prado bem cedo, durante a tarde vi uma jovem (muito bonita, por sinal), com um "pé de alface" na cabeça. Aí me deu uma vontade de comer salada...Chega!
As fotos que constam do blog são de autoria de Gerson Martins, Davi Oliveira e colhidas na internet.
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