Tsonga derrotou Vincent

E nem precisou de tie-break

O Clássico Luiz Rigoni, em 1.600 metros, grama macia, foi destaque da corrida do último domingo, na Gávea. Recebendo ótima direção de Marcelo Cardoso, o castanho Tsonga atropelou para vencer, com firmeza, derrotando o favorito Vincent, que deu impressão de vitória nos 200 metros finais. Sempre levado em alta conta, o filho de Our Emblem e Love That Hill não vinha confirmando, mas desta vez mostrou todo seu potencial, assinalando 95s38 para o percurso, com cerca móvel de nove metros. Top Point, descontando muito no final, foi o terceiro colocado, enquanto Gorino (sem Lasix) chegou em quarto. Matéria Prima, que ponteou boa parte da prova, completou o marcador. O ganhador é de criação e propriedade do Stud TNT. O campeão Venâncio Nahid foi o responsável pela apresentação dos dois primeiros colocados.

Pela 14ª vez Desejado Thunder

Que é bom demais ver uma máquina de correr, não há dúvida. Narrar mais uma vitória de um campeão, melhor ainda. Por isso, foi muito fácil contar a história da 14ª conquista de Desejado Thunder, que venceu como quis o Clássico São Francisco Xavier, em 1.000 metros, grama, principal atração da reunião do último sábado, na Gávea. Dirigido com a tranquilidade de quem sabe estar montando uma barbada, por Vagner Borges, o corredor de criação e propriedade do Stud Alvarenga deu mais um show. Vet Boy, em evolução, ficou com a segunda colocação, deixando a seguir Ximburé e Alforriado. O ganhador foi apresentado na forma soberba de sempre por Júlio Cezar Sampaio, o “Alemão”. Só resta agradecer a Alvaro Novis, dono do craque, por mantê-lo perto da gente e proporcionando a alegria de vê-lo vencer e vencer.

Tríplice Coroa e Ricardinho, combinação imperdível

Programação de luxo no próximo domingo no Hipódromo Gávea. Abertura da Tríplice Coroa de produtos e potrancas e, de lambuja, rever o ídolo maior Jorge Ricardo em atividade. Ele, que está bem perto de retomar o primeiro lugar no turfe mundial. O GP Henrique Possolo, para os potros, tem campo seleto, com favoritismo de Plenty of Kicks, montaria do campeão. Já no GP Henrique Possolo, equilíbrio de forças e a promessa de uma disputa espetacular. Portanto, luigar de turfista, domingo, é na Gávea. Aqueles que não puderem comparecer que não desgrudem da telinha para acompanhar as carreiras.

Frases que merecem ser lidas

Neste espaço matungo-cultural, mais uma frase que merece destaque:

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

Rapidinhas

* Para alguns chatos de plantão, que por falta do que fazer adoram pegar no pé da gente, respondo da seguinte maneira: uns potinhos de Activia e algumas doses de Johnny Walker. O resultado vocês sabem qual é.

* O veterano treinador João Coutinho Filho brilhou na corrida da última segunda-feira, mandando para o disco a dobradinha By Royal e Bulova, ambas defensoras do Stud Amigos da Barra. Está tinindo o “seu” João.

* O aprendiz Luan da Silva Machado tem vencido corridas bonitas. É muito trabalhador e merece mais oportunidades.

* Alguns proprietários paulistas estão descobrindo boas enturmações para seus defensores, na Gávea. No último sábado, uma dupla literalmente paulista: Del Ciel, do Stud Turfe Paixão, de Guilherme Genzini e Burning Out, de Thomas Weda Spalding. De vez em quando a Gávea vira “Recreio dos Bandeirantes”.

* O ritmo de corrida de Cidade Jardim é impressionantemente diferente do da Gávea. Lá, os animais saem mais apoiados e no sistema de “mais para mais”. Aqui a coisa é no “vamos e vamos”. Alguns animais custam um pouco a se adaptar, tanto aqui como lá.


* O Stud BPM Giants, que tem oito animais em treinamento, contratou o jóquei Bruno Reis como piloto preferencial. Boa sorte ao Bruno e ao amigo Carlos Beloch.

* A Taça Libertadores começa de verdade para os times brasileiros. Apesar de toda a torcida contra (dos daqui) acredito que nosso Joel “Pode To Be” vai levar o Flamengo bem adiante. Vamos ver.

O MATUNGÃO VIBROU

Quem gosta de turfe curte muito ver cavalo bom correr e, também, quando um jóquei dá uma direção precisa, consciente e mostrando perfeita noção de percurso. Mesmo que seja em um páreo comum, dá gosto assistir a uma direção bem dada, a vitória conquistada com maestria. Esta semana vibrei com a direção dada pelo jovem Edson Ferreira Filho no cavalo Shake and Bake, no primeiro páreo da programação de segunda-feira. A largada, no melhor estilo penca, marcou uma disputa meio insana entre os corredores Via Spiaggia, Word’s Best e Lang Lang. O menino, a quem um dia apelidei de “Ice Boy”, manteve seu cavalo na última colocação. Fez uma entrada de reta perfeita, raspando na cerca, e por ali, exigiu seu pilotado na hora certa para vencer uma linda carreira. Parabéns!

O MATUNGÃO LAMENTA

Praticamente desde que comecei no turfe, conheci Paulo Salas. Treinador inteligente, caprichoso e muito inteirado nas campanhas dos corredores treinados por ele. Extremamente crítico, adorava brincar e tirar “sarro” das pessoas, mas apenas daqueles que gostava. Inimigo número um das crinas dos corredores, ripava mesmo, sem piedade, obrigando sempre aos jóqueis o uso de pescoceira para a largada. Paulo teve bons corredores sob seus cuidados e as “Madames” fizeram história. Atualmente, mandou à esfera clássica o excelente Tavares Rico. Há pouco tempo, vendi para ele o alazão Viejo Amigo e lembro ter dito a ele que o cavalo ganharia logo. Com a perspicácia de sempre, disse que o bicho deveria ter algum problema, por isso estava me livrando dele. Na verdade o cavalo não tinha nada, mas adorava se colocar e eu queria ganhar logo. Três meses depois o Paulo ganhou com ele. Lamento a perda de mais este talento...Chega!

As fotos que constam do blog são de autoria de Gerson Martins, Davi Oliveira e colhidas na internet.