Levando os amigos...
Sinceramente, este mês de março foi muito complicado para todos nós, turfistas, seres humanos e admiradores de pessoas mais que especiais. No sábado (17) a notícia da morte do Ernani. No último fim de semana, o falecimento de Chico Anysio. Posso dizer que perdi dois amigos. Na última edição do blog fiz homenagem ao “baixinho” e não consegui escrever a coluna semanal. Escrever sobre Chico Anysio, o grande ator, humorista, escritor, um dos maiores talentos que o mundo conheceu, seria fácil, pois todos sabem disso. O que quero registrar aqui são emoções de papos que tivemos. Sempre à noite, conversávamos de vez em quando pelo telefone. Sua inteligência e sensibilidade me marcaram muito. Quando contei sobre a história de meu nascimento, que aconteceu por causa de uma música, ele me disse: “Seu sacana, você me fez chorar”. Jamais esquecerei isso. Me marcou demais uma matéria que fiz com ele, há alguns anos, para o Globo. A conversa aconteceu em sua cocheira, na Gávea e estava acompanhado do fotógrafo Ivo Gonzales. O título que dei à matéria foi “Chico City é na Gávea. Foi nesta matéria que ele me disse que a emoção de vencer um páreo é como dor no rim, uma coisa única. Não tenho dúvida de que ele e o baixinho agora estão colorindo o céu, com talento, sensibilidade e genialidade. A saudade é grande e os momentos incríveis jamais serão esquecidos. E ainda neste março negro, na segunda-feira, veio a notícia do falecimento de Hugo Paim.
Vostro
Amore não deu chance às rivais
O
GP Euvaldo Lodi, do Grupo III, em 1.600 metros, grama, foi a principal atração
do último domingo no Hipódromo da Gávea. Na prova que homenageou o fundador do
tradicional Haras Ipiranga, uma agradável surpresa. Pouco amparada nas apostas
(seu rateio foi de 10,70), Vostro Amore simplesmente largou e acabou. Muito bem
conduzida pelo experiente Jorge Leme, a corredora de criação e propriedade do
Haras Anderson conseguiu o primeiro êxito clássico em grande estilo. Via Blue,
que correu com a farda do patrono da prova, atropelou forte e formou a dupla,
em excelente exibição. Velocity Wild, a favorita, fez manhas no percurso, mas,
ainda assim, foi a terceira colocada. Correu muito bem Felicce Bambina, que foi
a quarta, “agarrada”, tendo dado, como dizem os amigos paulistas, “fila de
vitória” em dado momento na reta. Tina Collor completou o marcador. A
ganhadora, filha de Public Purse e His Love, foi apresentada em grande estilo
por Adélcio Menegolo e marcou 96s13.
Vitrolle
tocou o hino da vitória
Uma
das atrações de sábado foi a Prova Especial Hypanis, em 1.200 metros, areia
pesada, marcando a vitória de Vitrolle, conduzida por Vagner Borges. Mostrando
superioridade, venceu com firmeza, assinalando o bom tempo de 72s67. A disputa
pela dupla foi acirrada e Lady Beauty conseguiu livrar diferença mínima sobre a
favorita Vem Nessa. Sophia Glory e Raio de Luz completaram o placar. A ganhadora
é de criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras e foi apresentada por
Roberto Morgado Jr. Outra atração do último sábado, na Gávea foi a Prova
Especial Kurrupako, em 1.400 metros, areia pesada. Vitória fácil de Pieces Me
Ov, também com o líder da estatística. Derrotou Aye Lad na marca de 86s54. O
ganhador, do Stud Alvarenga, foi apresentado por Júlio Cezar Sampaio e obteve a
quarta vitória em seis apresentações.
Frases
que merecem ser lidas
Neste
espaço matungo-cultural, mais uma frase que merece destaque:
“Quem é casado há 40
anos com dona Maria não entende de casamento, entende de dona Maria" (Chico
Anysio)
Rapidinhas
*
Nesta quarta-feira mais um leilão de animais em treinamento, promovido pela Pro
Turfe, no tattersall de Cidade Jardim. Animais de dois ganhadores de
estatística, Studs Amigos da Barra e Nova República, além de convidados. Ótima
oportunidade para pequenos proprietários reforçarem seus plantéis.
*
Paixão por cavalos requer resistência e muita resignação. Muitas vezes você faz
tudo certo e na hora H dá tudo errado. Mas a gente apanha e resiste. Enfim, é
como toda paixão, você insiste e apesar de tudo deixa o coração mandar.
*
Mais uma vitória da excelente Bárbara do Truc, para a alegria do amigo Sérgio
Livramento. Corre de verdade a alazã filha do Red Runner. Muito legal.
*
Faltam nove vitórias para a menina Marcelle Martins alcançar o centésimo êxito
na carreira. Com ótimas oportunidades no fim de semana, a conquista pode
acontecer logo, para a alegria de seus fãs e torcedores.
*
Como na semana passada a coluna foi apenas em homenagem ao Ernani, registro
agora mais uma vitória do cavalo Ovvio, para a alegria do amigo Fernando José,
titular do Stud Gargamel. Que outras conquistas aconteçam.
*
Ainda bem que a renovação entre locutores de turfe está garantida. Gabriel,
filho da veterinária Dani Bartoli já ensaia com perfeição. A largada ele já
domina como um veterano. Dá-lhe Gabriel.
* Meu amigo Victor Lahass contando com o apoio de um novo proprietário. Tomara que outros cheguem, pois além de ótimo treinador é um rapaz de caráter e muito trabalhador. Sigo torcendo.
*
Adriano, justiça se faça, ajudou na conquista do Campeonato Brasileiro. Vamos
ficar com aquela lembrança. Mas apenas isso. Não dá mais. Parem com essa
campanha sem sentido.
O
MATUNGÃO VIBROU
Para
ser exato, o ano foi de 1981, bem no início e já se vão 31 anos. Resolvi
comprar um cavalo em São Paulo e me dirigi a Pro Turfe. Na ocasião, conheci o
senhor Leon Friedberg, que me vendeu um “joelhudo” chamado Gran Astro, nobre
filho de Zabay e Odelia. O cavalo veio para a cocheira de “seu” Walter e correu
logo. Na oportunidade, decidimos colocar um aprendiz de quarta categoria, ainda
sem vitória, mas que levava jeito para o ofício. Resumindo, o cavalo estreou
vencendo no dia 9 de março daquele ano e foi uma festa. Tudo isso me veio à
cabeça após a segunda etapa da Copa de Amadores e explico a razão. O aprendiz
sem vitória que recebeu o batismo no dorso do meu Gran Astro era Ivaldo
Agostinho, cujo pé 45 mal cabia nos estribos. Me lembrei desta vitória ao ver o
filho daquele aprendiz, Gregory Agostinho, levando a melhor no dorso de Bom
Vivi. O turfe é bom por isso, sempre temos recordações que emocionam. Outro
detalhe desta história foi a amizade com o Léo, que dura até hoje.
O
MATUNGÃO REPETE
Escrevi isso em novembro de 2010 e a situação
continua a mesma. Reparem: Sempre fui avesso a esta coisa de passar horas na
frente do computador. Já basta o tempo que fico trabalhando no jornal (as vezes
sinto falta da máquina de escrever). Minha sobrinha que, há tempos dorme
abraçada com o notebook, vivia me incentivando a entrar nestas tais de redes
sociais. Sempre relutei. Mas é difícil resistir. Foi minha
perdição. Antigamente, em casa, pela manhã, apenas lia os e-mails e as
notícias. Fim de papo. Agora, após estes dois procedimentos, é Orkut, Facebook,
Msn, Tweeter e sei lá mais o que. E à noite, aí é que a coisa piora. Fico
jogando buraco
online com um monte de gente doida até de madrugada. Vou procurar um VCA
(Viciados em Computadores Anônimos)...Chega!
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